A vida de uma garota de programa
Os políticos não ligam para nós, não se importam se estamos seguras ou não
Todos nós já tivemos problemas financeiros, mas quando Amanda, 26, precisou de dinheiro ela decidiu tomar medidas drásticas. Ela decidiu de tornar acompanhante.
Eu não me encaixo na imagem estereotipada de uma trabalhadora do sexo, não sou viciada em drogas e nem tive uma infância complicada. Quando decidi fazer programas eu me imaginava como uma profissional dirigindo a minha própria empresa.
Algumas amigas minhas estavam fazendo programa e parecia que iam muito bem, pelo menos elas tinham dinheiro. Eu sou sexualmente muito liberal e quando meu namoro terminou eu continuei saindo, conhecendo gente nova e as vezes fazendo sexo, ai um dia eu pensei: “Por que não ser paga por isso?”.
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Eu estava ficando com uma stripper que costumava fazer programas depois que saia da boate. Uma noite ela sugeriu que nós duas fizéssemos um show lésbico para dois caras que ela conhecia. Os dois pareciam legais e como nós duas já tínhamos transado antes eu concordei. Fomos para o hotel deles e bebemos champanhe, conversamos e começamos o sinhozinho para os meninos, depois nós acabamos transando com eles e fomos embora com os bolsos cheios de dinheiro. Os caras foram muito legais, eram exatamente o tipo de homens que eu teria ficado em uma noite qualquer.
Quando fomos embora eu comecei a perguntar quanto eu poderia ganhar fazendo isso, no outro dia eu entrei para uma clínica de acompanhantes e em menos de dois meses eu decidi criar meu próprio site e trabalhar por conta própria.
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Como é ser uma acompanhante
Eu ganhei muito dinheiro no início mas trabalhava muito e todos os dias, quando terminava o dia eu ficava muito cansada. Agora eu vejo um ou dois clientes por dia, de segunda a sexta-feira. Na maioria das vezes os caras são empresários casados e procuram uma acompanhante porque não querem ter um caso. Eles são bem conservados, homens de meia idade com muito dinheiro, eles gostam disso e podem pagar.
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Ser acompanhante não é só fazer sexo, eu preciso entreter o cliente, conversar, fingir que fiquei surpresa e preocupada, até quando eles são muito chatos. Eu tenho que ficar no controle mas sem dominar o cliente, a menos que eles queiram isso. rs!
As vezes os clientes pedem um pouco de atuação, um cara queria que eu vestisse a fantasia de uma super heroína chamada “Futuregirl” (que eu nunca tinha ouvido falar), enquanto ele fingia ser um super vilão do universo. Eu achei engraçado e acabei usando uma roupa prata com botas enormes, depois corri atras dele pelo quarto do motel para torturá-lo até ele me contar todos os segredos que tinha, mas depois ele me venceu com kryptonita. Foi hilário.
Impacto emocional
Eu nunca me senti suja e nem envergonhada, mas ficar com homens que têm pés feios ou com alguém que tem mau hálito é a pior coisa nesse trabalho. Mas eu não misturo as coisas, ele é um cliente e o sexo é o produto que eu ofereço, mas eu não faço qualquer coisa, tenho minhas limitações, por exemplo, não gosto de sexo anal, muita gente pede mas por trás eu não faço nem por todo o dinheiro do mundo.
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Não acho que um homem normal consiga aceitar o meu trabalho e eu não pretendo parar tão cedo, por isso eu não posso ter um relacionamento, a menos que eu minta sobre o meu trabalho. Mentir para amigos e a família também é complicado.
Meus irmãos descobriram e foi uma das situações mais complicadas que eu já passei, mas por nada nesse mundo os meus pais podem saber.
Saúde e segurança
Mesmo pensando na segurança e se prevenindo com cuidado, ainda é possível encontrar um maluco, mas eu tento não pensar nisso, porque senão eu é que acabo enlouquecendo. Teve um cara que tentou me pagar com notas falsas e depois que eu discuti com ele, o cara continuou me ligando e me ameaçando. Eu precisei ir em uma delegacia com o dinheiro dinheiro falso que tinha as impressões digitais dele, só assim ele parou de me ligar. Depois que isso aconteceu eu comecei a avisar um amigo, sempre que vou encontrar um cliente eu digo onde vou, com quem estou e quanto tempo vou ficar lá.
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As pessoas pensam que as garotas de programa espalham doenças, mas eu acho que é mais provável você pegar uma doença de um desconhecido em uma festa ou uma boate do que de uma trabalhadora do sexo que precisa se proteger. Eu sempre uso preservativo, até quando faço sexo oral, e eu olho a virilha do cliente para ver se tem alguma ferida, porque isso pode transmitir herpes. Eu também faço exames de saúde sexual completos a cada 12 semanas. Nada disso elimina completamente o risco de algum cliente me contaminar, mas você também não pode ter certeza quando transa com qualquer pessoa que conhece em uma festa, um bar ou qualquer outro lugar. Acho que é mais seguro ir pra cama comigo que me cuido e faço exames regulares do que com um ficante qualquer ou com um namorado que você não sabe por onde anda.
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O que o futuro reserva
A indústria do sexo continua crescendo mas o governo ignora isso, os políticos não ligam para nós, não se importam se estamos seguras ou não, distribuem camisinhas mas ignoram os cafetões e proíbem que donos de boates empreguem acompanhantes com carteira assinada e direitos trabalhistas. As leis sobre prostituição deviam ser revistas, elas são antigas e ignoram a realidade, isso deixa as meninas nas mãos de pessoas que no minimo podem ser perigosas.
Eu quero continuar trabalhando como acompanhante, só vou parar de atender quando tiver minha própria clínica.
Adorei a sua historia Amanda, gostaria de te conhecer!